10 de dezembro, Dia Internacional dos Direitos Humanos

Esta data foi evocada no AECCB com algumas atividades que mobilizaram toda a comunidade educativa: leitura e reflexão à volta de um dos artigos da Declaração Universal dos Direitos Humanos em cada aula, nos dias 9 e 12 de dezembro; murais com post-its  ilustrativos dos referidos Direitos; na disciplina de Cidadania debateram-se direitos e a negação dos mesmos, realizaram-se quizzes, jogos, artefactos em 3D, entre outras atividades; na disciplina de TIC  pesquisaram e fizeram cartazes digitais que disseminaram pela escola, além de marcadores de livros com o logo da UNESCO, com os direitos humanos ilustrados e o QR Code com o link da Amnistia Internacional que deixaram na biblioteca para a comunidade educativa usufruir.

No átrio da biblioteca da Escola EB2,3 Júlio Brandão construíram-se variados painéis: um com o preâmbulo da Declaração e os 30 Direitos Humanos associados a uma palavra-chave; outro com post-its e marcadores de livros; uma exposição de cartazes sobre as temáticas diversas – Direitos Humanos; escravatura desde o séc. XV ao século XIX; a escravatura na atualidade em Portugal e no mundo; os refugiados, os migrantes, o papel da OIM, a interculturalidade, a multiculturalidade no país e na escola, o bordado de cada região da Ucrânia feito por duas alunas ucranianas, associando cada título a um ou mais Direitos Humanos. É de destacar a turma do 5º9 que se mostrou muito criativa e realizou um espetacular balão de ar quente com os Direitos Humanos escritos em verso, o contorno das mãozinhas dos meninos e meninas com os seus nomes e marcadores de livros com Direitos Humanos em verso, ilustrados por eles. Estes alunos circularam depois por diversas salas de aula para falarem do documento da ONU sobre a Declaração Universal dos Direitos Humanos e sensibilizarem os colegas para a sua importância, entregarem envelopes com frases positivas e marcadores da sua autoria aos alunos de quinto ano.

Está, ainda, patente na Escola EB2,3 Júlio Brandão a exposição Crianças Cáritas, tema associado ao documentário “Viagem ao Sol” que o 6º5 teve o privilégio de ir assistir na Casa das Artes no âmbito do programa educativo e cultural de Famalicão para o Mundo. Em articulação com este tema, posteriormente, nas aulas de Português algumas turmas vão ler e explorar a obra “O País das Laranjas” de Rosário Alçada Araújo, em articulação com o projeto “Escola a Ler”.

Alunos das turmas de 4º ano BB e 4º ano BC da EB Luís de Camões trabalharam este tema nas aulas e no dia 9 deslocaram-se até à Escola Secundária e à Escola EB2,3 Júlio Brandão para verem as exposições e aprenderem um pouco mais sobre esta temática e o facto de o nosso país já ter acolhido, após a segunda Guerra Mundial, crianças austríacas.

No sentido de um trabalho inclusivo, o AECCB envolve todos os alunos, independentemente da sua condição. Assim, promoveu em dezembro a atividade Mais de N(v)ós, com a afixação de mensagens em todas as “portas” de todas as unidades orgânicas do AECCB – privilegiamos a “porta” como mensageira pelo significado literal de “uma abertura num elemento de vedação arquitetónica, como uma parede, permitindo a passagem de pessoas de um ambiente para outro (Wikipédia)”, pois o AECCB visa não deixar ninguém para trás, visa ser e saber uma escola sem muros. Levou a cabo, também, uma exposição no átrio da escola sede. Trataram-se de atividades de comemoração do Dia Internacional da Pessoa com Deficiência, com a disseminação de mensagens que apelam ao respeito pela individualidade, ao cuidado inerente ao trabalho de pares e aos Direitos Humanos, a base duma Educação Inclusiva.

O AECCB, com a condução e presença da EMAEI, prima pelo compromisso com a educação inclusiva, de acordo com a definição da UNESCO (2009), enquanto processo que visa responder à diversidade de necessidades dos alunos, através do aumento da participação de todos na aprendizagem e na vida da comunidade escolar. Em Portugal foi reiterado este compromisso com a ratificação da Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência e o seu protocolo opcional, adotada na Assembleia Geral das Nações Unidas, em Nova Iorque, no dia 13 de dezembro de 2006, aprovada pela Resolução da Assembleia da República n.º 56/2009, de 30 de julho, ratificada pelo Decreto do Presidente da República n.º 71/2009, de 30 de julho, e reafirmada na «Declaração de Lisboa sobre Equidade Educativa», em julho de 2015. Este compromisso visa ainda dar cumprimento aos objetivos do desenvolvimento sustentável da Agenda 2030 da ONU.

No que diz respeito ao cumprimento dos ODS, alunos com medidas de suporte à aprendizagem e inclusão adicionais, participaram e têm publicado um conto no volume II, História D’Ajudaris 2022, com o tema “Água”. No próximo dia 14 será divulgado um documentário sobre a construção deste conto e aberta a sessão de venda de livros e autógrafos pelos pequenos grandes autores.

Por fim, refira-se que na biblioteca escolar Júlio Brandão foram visualizados vídeos sobre Direitos Humanos e a História dos Direitos Humanos como forma de alertar para a premência da defesa de direitos fundamentais em tempos tão conturbados como os que se estão a viver. Em curso, temos também a participação na Maratona de Cartas da Amnistia Internacional.

As atividades foram realizadas em parceria com a equipa educativa das bibliotecas escolares do AECCB, o grupo de Educação Especial, as disciplinas de Português, História e Cidadania e Desenvolvimento, o projeto “Escola a Ler”, o Clube Europeu, o Clube Ubuntu e o projeto Rede de Escolas Associadas da UNESCO.

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