Mãos perfeitas, jovens ou enrugadas,
De malhas vestidas, de arte prendadas.
Mãos que encantam, que lutam por um espaço,
Vidas de sonho espalham no encanto de um abraço.
Mãos que sofrem, deixam rastos de dor,
De gentes que partem numa caravana de amor.
Mãos que mimam, que guardam recordações,
Vivem na realidade, escondem ilusões.
Mãos que gostam, que aproveitam,
Veem na cegueira, percebem e respeitam.
Mãos que ocultam sentimentos,
Sabem e traem momentos.
Mãos que abandonam,
Erram, recuam, sonham.
Mãos que lavam almas,
Lutam, tentam, batem palmas.
Mãos que riem, alcançam,
Fazem, desfazem e abraçam.
Mãos que sobem patamares, envelhecem,
Voam, choram e esquecem.
Mãos surpresa de segredo apanhadas,
Que se deixam abater num mundo de mãos usadas.
Maria de Fátima Peixoto
Deixe um comentário