Struthof, um campo de concentração

Published by

on

Struthof, um campo de concentração e muita emoção

Struthof foi um campo de concentração nazi localizado nos Vosges, perto da vila Alsaciana de Natzwiller e a cerca de 50 km de Estrasburgo, sendo o único campo de concentração francês. Neste ficaram estabelecidas cerca de 52 mil pessoas, das quais 4431 morreram, números que chocam pela sua enormidade. Estávamos na época da Segunda Guerra Mundial, onde as operações neste campo ocorreram entre 1941 e 1944 e foi a partir deste cenário que eu imaginei toda aquela história monstruosa.

Iniciamos a nossa visita pela antiga câmara de gás, onde os prisioneiros, principalmente políticos, eram mortos e a maior parte alvo de experiências científicas. Naquele momento, não conseguia perceber o porquê de se matarem tantos inocentes simplesmente por serem de raça, etnia ou partidos políticos diferentes. E continuo sem perceber. Logo de seguida, entramos para o campo de concentração e assim que vi a placa “Struthof” deu-me um arrepio, já sabendo que o que iria ver não seria fácil e assim o foi. Neste campo, observaram-se várias vezes o símbolo dos resistentes desta tragédia bem como memoriais às vítimas da mesma, o que reflete a nossa união.

Descemos aquela enormidade de rua e, ao longo do nosso percurso, fomos observando que estávamos cercados pela ravina da morte e pelas redes eletrificadas, onde os prisioneiros morriam se lhes tocassem. Chegamos ao sítio que mais me emocionou negativamente. Os malditos fornos. Os corpos eram atirados para umas escadas, com a ajuda de uma maca subiam e eram queimados.  Ali, senti vergonha dos meus antepassados e prometi a mim mesma que iria dar o meu melhor para que nunca mais se cometesse o mesmo erro.

Visitamos ainda as suas prisões, algo irónico, visto que estes já estavam presos e cercados num campo. O que mais me chocou foi sem dúvida, as chamadas “solitárias”, onde nestas estavam aqueles prisioneiros que tinham pior comportamento e acreditem que nelas mal cabia uma pessoa.

Terminamos a nossa visita ao museu, onde tudo se tornou mais claro e impactante, pois conseguimos associar as pessoas aos espaços. Saímos de lá com muita emoção negativa e espantados com o quão mau o ser humano pode ser.

Assim, faço o seguinte apelo: parem as guerras! Vamos focar-nos na nossa humanidade! Vamos respeitar o outro com todas as suas diferenças! E, sobretudo, não vamos deixar que isto volte a acontecer!

Francisca Silva, 11 L